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CORES E PADRÕES
Originária da Austrália,
na natureza a Calopsita possui o chamado padrão silvestre ou normal (ver
abaixo). Quando surgem aves mutantes na natureza, ostentando outras
combinações de cores, dificilmente sobrevivem. Elas são vítimas mais fáceis
de predadores, pois a coloração diferente ganha destaque e colabora para uma
visualização mais rápida da ave. As inúmeras cores existentes hoje são
decorrentes da fixação de mutações feitas pelos criadores, diversas surgidas
nos últimos 15 anos, algumas muito recentes e difíceis de encontrar em
criadores.
É
importante destacar que os padrões podem se mesclar, originando uma grande
gama de cores, tornando cada calopsita única.
Se
você quiser saber um pouco sobre a herança genética
dos padrões de cores nas calopsitas, clique aqui.
Cinza ou Normal (Normal Grey):
A variedade original, encontrada na natureza, tem o corpo cinza com as
bordas das asas brancas. A crista do macho é amarela sobre uma cabeça
amarela e, na fêmea, cinza amarelado com a cabeça cinza. Ambos têm as
"bochechas" formadas por uma mancha vermelha, circular, em cada
lateral da cara, de tom mais suave na fêmea. A cauda é totalmente negra
no macho e na fêmea intercala negro com amarelo na parte de baixo.
No macho adulto, a cabeça
é amarela, com duas manchas circulares laterais (bochechas) de cor vermelha,
crista amarela, corpo revestido com penas de cor cinza, com o dorso mais
escuro, bordas das asas brancas e cauda negra.
A fêmea adulta apresenta a
mesma coloração dos filhotes. O corpo é de cor cinza, cabeça também cinza
com as bochechas de cor vermelha mais suave, crista cinza-amarelada, bordas
das asas brancas e face interior da cauda estriada de amarelo e preto, com
penas laterais externas amarelas. Em ambos os sexos, os olhos são marrons, o
bico cinza escuro e as pernas e pés, cinza escurecido.
Lutino (Lutino):
Sem dúvida alguma, é o padrão mais popular e apreciado, tendo surgido
nos EUA em 1958. Essa mutação causa perda do pigmento melanina (que confere
o tom cinza à ave). Desse modo, são aves de cor dominante branca,
com olhos vermelhos, pés rosados, crista amarela, bico marfim, cabeça
amarelada com bochechas vermelhas. Nas asas e cauda, também está presente
o amarelo. Na realidade, os lutinos não podem ser considerados como brancos
ou albinos, pois não são inteiramente brancos, em razão da presença das
cores amarela e vermelha (dadas pelo pigmento psitacina). Os indivíduos
podem apresentar desde um amarelo forte até um branco quase total no corpo.
Neste padrão ocorre um defeito de origem genética, caracterizado pela
existência de uma área sem penas localizada atrás da cabeça. Fêmea
com estrias amarelas na face inferior da cauda e spots amarelos embaixo
da asa.
Pérola (Pearl):
Surgiu pela primeira vez na Alemanha Ocidental em 1967. É uma mutação
que afeta as penas individualmente (há uma falta de melanina no
centro de cada pena, individualmente), fazendo com que haja uma falta
de coloração uniforme, resultando em penas com coloração em forma de "concha".
São aves extremamente vistosas, sendo que o padrão básico pode variar
bastante. De modo geral, mostram as duas manchas laterais à cabeça, as
faces são amarelas salpicadas de cinza, e a crista amarela riscada de
cinza. As penas das costas exibem um padrão “escamado”, resultante da
ausência de melanina no seu centro, podendo a cor desta parte das penas
variar do branco ao amarelo. As penas das asas são cinza, com faixas amarelas.
A cauda é amarela, e o peito e a barriga, listrados de amarelo e cinza.
As fêmeas
carregam o perolado nas costas, asas, nuca e cabeça, com uma concentração
maior nas costas. Os machos adultos podem perder totalmente o perolado,
principalmente na cabeça e na nuca.
Arlequim (Pied):
É a mutação mais antiga, surgida nos EUA em 1949.
Mutação que causa alteração ou disrupção da coloração normal em áreas
randômicas. Esse padrão é extremamente variável, podendo apresentar aves
bastantes semelhantes ao normal até aquelas com poucas áreas de cor cinza,
predominando o amarelo claro e apenas algumas penas de coloração
cinza. A cabeça exibe um amarelo forte, bochechas vermelhas e crista amarela.
Idealmente, uma arlequim deve mostrar 75% de penas com ausência de melanina
e 25% com presença. Um arlequim puro possui, idealmente, uma máscara “limpa”,
livre de manchas cinzas, uma cauda limpa e asas de vôos com um balanço
igual de marcas, com simetria perfeita. Nesse padrão, é virtualmente impossível
a distinção de sexo (uma vez que a marcação arlequim obscurece
as diferenças de plumagem), só sendo possível no caso em
que a fêmea apresente barras na parte inferior do rabo. São reconhecidas
quatro classificações de arlequim: claro (ou light, com
75% ou mais de melanina), escuro (ou heavy, com apenas 25% de melanina),
reverso (ou reverse, com marcações apenas nas asas de vôos,
tendoo restante do corpo sem melanina) e limpo (ou clear, um pássaro
totalmente amarelo ou branco; é também chamado de lutino
com olhos pretos).
Canela (Cinnamon):
Também conhecida como Isabelino, surgiu pela primeira vez na Bélgica,
em 1960. As aves são semelhantes ao padrão normal, com exceção da alteração
na coloração da melanina, produzindo uma coloração marrom-claro
(ou canela). Também as pernas e os olhos são de coloração mais clara.
Os machos adultos são um pouco mais escuros que as fêmeas (em razão
da maior presença de melanina). Algumas fêmeas podem ter mais amarelo
na face do que os machos, além de apresentarem o barramento típico
sob as asas da cauda.
Cara branca (Whiteface):
O padrão Cara Branca surgiu na Holanda por volta de 1969. No final da
década de 1970 passou a ser produzido na Alemanha e Inglaterra. Essa mutação
causa perda do pigmento psitacina (que confere tons amarelo e laranja),
causando a falta da pigmentação laranja e amarela nas bochechas e no corpo.
A fêmea tem o corpo cinza, bordas das asas brancas e face interior da
cauda com estrias pretas e brancas não apresentando a “bochecha”, tornando
a face inteiramente cinza. O macho segue um padrão parecido com o normal,
porém com a face totalmente branca e as cores cinzas com um tom mais escuro,
crista cinza e bordas das asas brancas.
Fulvo (Fallow):
Surgidos em 1971, nos EUA. Semelhante ao canela (também há
mudança da coloração da melanina de preto para marrom),
mas aqui também ocorre uma diminuição da densidade
da melanina, fazendo com que pareçam um canela pálido. O
amarelo é mais pronunciado (principalmente embaixo do corpo e crista),
olhos são vermelhos e peito é de coloração
mostarda ou creme. As fêmeas costumam ser mais bonitas que os machos,
por apresentarem cores mais brilhantes. Os sexos são praticamente iguais,
tornando-se mais difícil a identificação.
Albino (Whiteface Lutino): Ave
inteiramente branca, com os olhos vermelhos e pés rosados, com ausência
total de qualquer pigmentação (na realidade, resultam da combinacao de
duas mutações: lutino e cara branca). As fêmeas são mais
fáceis de ser encontradas, por ser um padrão com herança ligada ao sexo.
Cara amarela (Yellowface ou Yellowcheek):
Surgida
na Europa na década de 80. Ainda não há notícia de sua existência
no Brasil. Os primeiros exemplares deste padrão chegaram aos EUA por volta
de 1992. São em tudo semelhantes aos demais padrões, diferindo apenas
na cor das bochechas, que, ao invés de serem vermelhas, mostram-se amarelas.
A principal diferença entre os sexos é o amarelo da bochecha, que é mais
forte no macho. Há três formas dessa mutação
(como ocorre com o padrão prata): a dominante simples-fator, a
dominante duplo-fator e a recessiva.
Pastel (Pastel face): Apesar
de conferir a mesma coloração, o padrão Pastel não
deve ser confundido com o cara amarela. Essa é uma mutação sutil,
que promove um tom mais brando de todas as cores. Também é um padrão de
origem bastante recente (1989), tendo surgido possivelmente na Inglaterra.
Externamente é em tudo semelhante ao cara amarela, mas tem herança genética
autossômica recessiva, o que facilita e acelera as combinações entre os
padrões, principalmente com aqueles de herança ligada ao sexo. É dominante
apenas para o padrão cara branca. Também aqui ocorre duas formas:
fator-simples e fator-duplo.
Prata (Silver):
Há duas formas distintas. A chamada recessiva e a dominante.
Prata Recessivo:
Mutação estabilizada na década de 60, na Europa (apesar
de ter surgido na Nova Zelândia, em 1950). Difere do padrão normal
pelo fato de os olhos serem de cor vermelha e o cinza global do corpo
ter passado à cor prateada, ocorrendo uma grande flutuação de tonalidades
entre os indivíduos. As demais características de cor são as mesmas do
padrão normal, inclusive quanto a identificação do macho e da fêmea.
Prata Dominante:
É um padrão recente de cor obtido, tendo sido fixado por volta de 1979.
São aves que apresentam a cor cinza do padrão normal diluída, mostrando
um tom pastel prateado. Os olhos e pernas são pretos, as pernas cinzas,
mantendo o amarelo forte das faces e da crista e o vermelho das bochechas,
com um prateado mais escuro na região do pescoço. A graduação
do prateado varia de ave para ave, sendo a cor dos machos mais brilhante
e intensa. A diferenciação entre os sexos pode ser feita do mesmo modo
que o padrão normal. Nesta mutação, os genes produzem dois efeitos visuais
diferentes, caso ocorram como fator simples ou duplo. Aves fator-duplo
são mais claras que as fator-simples, parecendo lutinos, mas com
um tom acinzentado; eles retém a marcação mais escura
na cabeça, olhos e pés escuros.
Oliva ou Esmeralda (Olive ou Spangle ou Emerald Green): Mutação
extremamente nova, surgida nos EUA, de padrão ainda não
muito definido. Se caracteriza, basicamente, por uma coloração canela-esverdeada,
podendo variar de claro a escuro, e um padrão de marcação
das penas muito característico (que as pessoas denominam padrão
de "lantejoulas", ou spangled no inglês).
Platinum:
Mutação
só existente na Austrália. Há uma confusão
com relação a esse nome, uma vez que na América do
Norte chamam de Platinum aves prata dominante. Essa mutação
se caracteriza por uma coloração "cinza-fumaça"
clara (como eles mesmos definem: smokey-grey), com asas e cauda cinza
mais escuro. Bico, pés e pernas são bege-claro Os olhos
são vermelhos ao nascer, mas escurecem logo em seguida.
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